Vinte anos. Muita gente muda de profissão, de cidade e até de propósito nesse tempo. Mas Eduardo Bona escolheu continuar sendo dev e provar que “uma vez dev, sempre dev”. Cofundador da Vivaworks, ele transformou linhas de código em uma trajetória sólida de inovação e aprendizado.
Do bug do milênio à era da IA
A história começa lá atrás, quando a internet ainda fazia barulho pra conectar. Eduardo, tecnólogo em Desenvolvimento de Sistemas e pós-graduado em Banco de Dados e Inteligência Artificial, mergulhou de cabeça na programação web. Foi professor, empreendedor e curioso o bastante pra não se acomodar nunca.
Durante os anos 2000, a incubadora tecnológica de Maringá foi o ponto de partida. Projetos de acessibilidade, planos de negócio e ideias ousadas, mas nem todas deram certo, claro. “Ninguém comprou (quase), boletos chegaram”, ele brinca. Mas como todo bom dev, ajustou o código e tentou de novo.
Do “Plano B” à consolidação de uma empresa
Vieram os portais de classificados, os serviços de licitação e, no meio disso, as primeiras contratações. A teoria era bonita: “aumentar o time, crescer, prosperar”. Na prática? Permutas, improviso e muita paciência. Mesmo assim, o projeto evoluiu, ganhou clientes públicos e privados, e mostrou que a persistência é o verdadeiro algoritmo do sucesso.
O salto de mentalidade: de serviços a SaaS
A virada de chave veio com o nascimento da Vivaintra, a plataforma de intranet corporativa que abriu caminho para o modelo SaaS (Software as a Service). “Mais venda, menos esforço”, resumiu Eduardo. A empresa deixou de ser apenas prestadora de serviços e passou a criar soluções próprias, escaláveis e sustentáveis.
A jornada também teve crises econômicas, filiais que exigiram reinvenção e a descoberta de que marketing é, sim, um bicho complexo. Mas cada erro virou aprendizado e cada obstáculo, refatoração.
Vivaworks: propósito em código-fonte
Hoje, a Vivaworks é o resultado dessa evolução. Uma HR Tech com foco em inovação para gestão de pessoas e comunicação interna, unindo tecnologia e propósito. O rebranding não foi só uma mudança de nome, mas uma nova mentalidade: mais humana, mais conectada e mais preparada para o futuro.
20 anos depois: o que fica
Eduardo resume duas décadas de trajetória com simplicidade:
“Errar é do jogo, repetir o erro nem tanto. Mas só erra quem tenta.”
A moral é clara: o segredo não é saber tudo, mas escolher continuar aprendendo. Entre ser bom, ficar bom, ficar “de boa” ou desistir, ele escolheu insistir e amar o que faz.
“Na teoria, não há diferença entre teoria e prática. Na prática, há.”
E essa prática fez história: da incubadora à Vivaworks, de um sonho dev a um legado de inovação.
Continue acompanhando nosso blog para mais conteúdos sobre inovação, gestão e tecnologia que estão moldando o futuro do trabalho.