Quando pensamos na jornada de um colaborador dentro da empresa, o onboarding costuma ser visto como uma etapa breve e operacional. Mas, na prática, ele é um dos momentos mais decisivos para o sucesso a longo prazo, tanto do profissional quanto da organização.
A forma como uma pessoa é recebida, orientada e incluída nos primeiros meses de trabalho pode determinar níveis de engajamento, performance, retenção e até desenvolvimento futuro.
Um onboarding estratégico não é apenas uma formalidade, mas um investimento com retorno direto nos resultados do negócio.
O impacto do onboarding nos resultados
Diversas pesquisas mostram como a experiência de integração está diretamente ligada à permanência e ao desempenho dos colaboradores:
- 69% dos colaboradores têm maior probabilidade de permanecer por pelo menos 3 anos em empresas com excelente processo de onboarding (O.C. Tanner).
- Segundo a SHRM (Society for Human Resource Management), um onboarding eficaz pode aumentar a retenção em até 82% e melhorar a produtividade em mais de 70%.
- Um estudo da Glassdoor revelou que colaboradores que passam por um bom processo de integração têm 2,5 vezes mais chances de se sentir preparados para suas funções.
Esses dados revelam o que já deveria ser consenso: o sucesso do colaborador começa muito antes da primeira entrega e passa por um processo de ambientação intencional estruturado e humano.
Por que o onboarding é tão determinante?
Quando bem conduzido, o onboarding:
- Reduz a ansiedade e a incerteza, comuns em novos ambientes;
- Acelera a curva de aprendizagem e adaptação, ao oferecer acesso claro a informações, ferramentas e pessoas-chave;
- Fortalece o vínculo emocional com a empresa, ao comunicar propósito, valores e cultura de forma prática;
- Alinha expectativas, o que evita frustrações e desencontros entre colaborador e liderança;
- Cria senso de pertencimento e engajamento, fundamentais para motivação e retenção.
Em outras palavras, o onboarding não deve ser pensado como um “evento”, mas sim como o início da jornada de desenvolvimento de um talento.
Onboarding a curto, médio e longo prazo
Empresas que enxergam o onboarding como um processo contínuo têm melhores resultados. O ideal é considerar três fases principais:
- Recepção e ambientação (primeira semana): foco no acolhimento e na integração inicial.
- Acompanhamento e desenvolvimento (30 a 90 dias): momento de fortalecer a autonomia, reforçar a cultura e identificar possíveis dificuldades.
- Avaliação e feedback (após 90 dias): entender a percepção do colaborador, medir a efetividade do processo e fazer ajustes.
Esse modelo favorece a adaptação gradual, cria oportunidades de escuta ativa e ajuda a empresa a identificar potenciais de desenvolvimento logo nos primeiros meses.
Boas práticas para garantir o sucesso a longo prazo
Para transformar o onboarding em uma vantagem competitiva, é essencial:
- Criar uma trilha estruturada de boas-vindas, com conteúdos objetivos, acessíveis e alinhados ao dia a dia real do trabalho;
- Estabelecer momentos de troca com líderes e com o time, promovendo conexão humana e troca de experiências;
- Designar mentores ou colegas de apoio, que possam orientar e acolher;
- Promover check-ins periódicos e coleta de feedbacks, mostrando que a empresa se importa com a experiência do colaborador;
- Alinhar o onboarding com os valores e metas estratégicas da organização, reforçando desde o início o que realmente importa.
Conclusão
O sucesso de um colaborador a longo prazo depende de diversos fatores: liderança, cultura, desenvolvimento, reconhecimento. Mas tudo começa na forma como ele é recebido e guiado nos seus primeiros passos.
Empresas que entendem isso não apenas reduzem o turnover, como formam equipes mais engajadas, alinhadas e preparadas para crescer junto com o negócio.
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