Tempo de leitura: 4 min.

O Futuro da Remuneração e do Trabalho: o que o relatório Future of Jobs 2025 revela sobre o RH até 2030

O mercado de trabalho está mudando tão rápido que até os manuais de gestão parecem ficar obsoletos em questão de meses. A combinação de crises econômicas, avanço tecnológico e novas expectativas humanas está redesenhando completamente o que significa trabalhar e, mais importante, ser bem recompensado por isso.

O World Economic Forum, no relatório Future of Jobs 2025, ouviu mais de mil líderes que representam 14 milhões de trabalhadores em 55 países. O resultado? Um raio-x do que vem por aí até 2030, e um alerta claro: as empresas que quiserem sobreviver precisam repensar suas estratégias de talento, produtividade e reconhecimento.

Bem-estar é a nova prioridade do RH

Parece óbvio, mas demorou: o bem-estar finalmente se tornou prioridade número um.
Segundo o relatório, 64% dos empregadores afirmam que apoiar a saúde e o bem-estar dos colaboradores é a principal estratégia para melhorar a disponibilidade de talentos. Em 2023, essa era apenas a nona prioridade.
A mensagem é simples: empresas que cuidam das pessoas atraem e retêm melhor. Motivação e saúde mental viraram fatores estratégicos, não apenas “benefícios de RH”.



Salários vão crescer — mas com mais lógica

Mais da metade das empresas (52%) planeja aumentar a fatia da receita destinada a salários e remuneração até 2030. Só 7% pensam em reduzir.
 Mas esse crescimento não é aleatório: 77% das organizações querem alinhar os salários à produtividade e ao desempenho.
 Ou seja, o foco não é pagar mais por pagar, mas pagar melhor para quem entrega mais valor. O mérito volta ao centro das políticas de compensação.

Meritocracia real é sobre progresso, não só metas

“Meritocracia” é uma palavra desgastada, mas o relatório mostra que, quando aplicada com transparência e propósito, ela é poderosa.
 62% das empresas estão investindo em melhorar os processos de progressão e promoção de talentos. E os próprios colaboradores apontam esse fator como o segundo mais importante para permanecer em um emprego.
 As pessoas querem ver caminho, não só planilhas de desempenho. O desenvolvimento virou um dos pilares da retenção.

vista-espaco-de-trabalho-de-escritorio-baguncado-com-dispositivo-portatil

As habilidades do futuro são humanas

O relatório reforça algo que o mercado começa a sentir na pele: o que vai diferenciar profissionais e empresas não é a tecnologia, mas a capacidade humana de lidar com ela.
Entre as cinco principais habilidades para o futuro estão:

  • Pensamento analítico
  • Resiliência, flexibilidade e agilidade
  • Liderança e influência social
  • Criatividade
  • Autoconsciência e motivação

Em um mundo automatizado, pensar e se adaptar são superpoderes.

Upskilling é a arma contra o apagão de talentos

A lacuna de habilidades segue sendo o maior desafio (63% das empresas apontam isso). E a resposta vem clara: 85% dos empregadores vão investir em upskilling — o aprimoramento da força de trabalho atual.
 Treinar quem já está dentro virou prioridade porque melhora a retenção (para 65% dos empregadores) e impulsiona a competitividade.

Inteligência Artificial vai aumentar a produtividade — se o humano continuar no centro

Até 2030, 39% das habilidades atuais serão transformadas pela IA e pela automação.
Isso significa que a tecnologia vai cuidar das tarefas repetitivas, enquanto os profissionais se concentram em trabalhos estratégicos e criativos.
Mas produtividade não é só sobre eficiência técnica. As empresas mais bem-sucedidas serão aquelas que conseguirem equilibrar tecnologia com propósito, saúde mental e engajamento.

O futuro do trabalho não é mais rápido — é mais inteligente e mais humano.

Remuneração variável: o motor da motivação no novo mundo do trabalho

Entre tantas mudanças, um modelo de recompensa se destaca: a remuneração variável.
De acordo com o relatório, as empresas mais avançadas estão deixando de lado cargos engessados e adotando estruturas baseadas em resultados e comportamentos de alto impacto.
Mais do que pagar bônus, trata-se de conectar o esforço individual ao propósito coletivo.

Quando o colaborador entende como o seu desempenho contribui para o sucesso da empresa, o engajamento é natural.
A remuneração variável passa a ser uma ferramenta de cultura, não só de recompensa:

  • Estimula autonomia e responsabilidade.
  • Reforça o senso de pertencimento e propósito.
  • Integra desempenho, aprendizado e reconhecimento em um só sistema.

No futuro do trabalho, remuneração variável não é só um extra — é o novo idioma da motivação.

Conclusão

O Future of Jobs 2025 mostra que o RH está no centro da transformação. O sucesso das empresas dependerá menos da tecnologia em si e mais da forma como ela é usada para potencializar pessoas.
Organizações que conseguirem equilibrar produtividade, bem-estar e reconhecimento criarão não apenas times mais eficientes, mas trabalhos com mais sentido.

O futuro do trabalho chegou. E ele é feito de propósito, performance e pessoas.

Continue acompanhando nosso blog para mais conteúdos sobre inovação, gestão e tecnologia que estão moldando o futuro do trabalho.

Compartilhe

Centralize a Comunicação Interna da sua empresa

Tenha o seu canal de Comunicação Interna oficial! Acabe com ruídos e retrabalhos com a Intranet e Rede Social Corporativa mais completa do mercado.