Em um cenário onde empresas disputam os melhores talentos com a mesma intensidade que disputam clientes, o conceito de marca empregadora se tornou uma peça-chave na estratégia de negócios.
Se antes a preocupação estava restrita a vender produtos e serviços, hoje a vitrine da empresa também precisa encantar quem busca um ambiente de trabalho alinhado aos seus valores, expectativas e propósito.
Mas afinal, o que é exatamente marca empregadora, como ela se diferencia de employer branding, e por que ela impacta diretamente seus resultados?
O que é marca empregadora?
Marca empregadora é, na essência, a percepção que o mercado, seja de colaboradores, candidatos ou até ex-colaboradores, têm sobre como é trabalhar na sua empresa.
Ela responde à pergunta: "Se eu perguntar por aí, o que as pessoas me dizem sobre como é trabalhar na sua empresa?"
Essa percepção é construída a partir de vários fatores, tais como:
- Como você comunica sua cultura.
- Como trata seus colaboradores.
- Como conduz seus processos seletivos.
- Como responde a feedbacks e críticas públicas, como no Glassdoor e no Indeed.
- E até como seus líderes se comportam, dentro e fora da empresa.
Portanto, a marca empregadora não é um slogan bonito, é a reputação e a realidade percebida.
O que é employer branding?
Enquanto marca empregadora é o conceito, employer branding é o processo, a estratégia que sua empresa adota para construir, fortalecer e comunicar essa percepção de forma intencional e positiva.
De forma resumida:
- Marca Empregadora: É o que sua empresa é, como lugar para trabalhar.
- Employer Branding: É o que sua empresa faz, de forma estruturada, para gerir e fortalecer essa reputação.
Por que você precisa priorizar isso agora?
Se sua empresa enfrenta problemas como:
- Baixo volume de candidatos qualificados.
- Alto índice de rotatividade.
- Processos seletivos demorados ou com desistências.
- Desalinhamento cultural após contratações.
- Feedbacks negativos em plataformas públicas.
É provável que a sua marca empregadora esteja fragilizada ou, esteja sendo construída de forma orgânica, sem controle, baseada apenas na percepção externa.
E as consequências disso são diretas como o custo por contratação mais alto, perda dos melhores talentos para concorrentes, maior desgaste dos times de RH e impacto negativo na produtividade e na cultura interna.
Por outro lado, empresas que trabalham seu employer branding de forma estratégica recebem até 50% mais candidatos qualificados, reduzem em até 43% o custo por contratação, aumentam a taxa de retenção e o engajamento dos colaboradores, fortalecem sua cultura e melhoram sua reputação não só como empregadora, mas também como marca de mercado.
Como construir, ou reposicionar, sua marca empregadora
1. Comece pela cultura
- Defina claramente seus valores, propósito, missão e o jeito de trabalhar.
- Mais do que palavras no site, isso precisa estar presente no dia a dia, nas atitudes dos líderes e nas decisões.
2. Transforme sua página de carreiras em uma vitrine de cultura
- Mostre depoimentos reais de colaboradores.
- Inclua vídeos, fotos dos bastidores e conteúdos que traduzam seu ambiente de trabalho.
- Detalhe benefícios, rituais da empresa, programas de desenvolvimento, diversidade e impacto social.
3. Reescreva suas descrições de vagas e deixe-as mais humana
- Fuja do modelo engessado e foque em explicar como é trabalhar na sua empresa.
- Fale dos desafios, das oportunidades de crescimento e da cultura.
4. Esteja onde seus talentos estão
- Marque presença em plataformas como Glassdoor, Indeed, LinkedIn e redes sociais.
- Responda comentários e avaliações, tanto os positivos quanto os negativos, de forma transparente.
5. Lidere pelo exemplo
- Seus líderes são os principais embaixadores da marca empregadora.
- Promova treinamentos de cultura, comunicação e liderança humanizada.
6. Amplifique sua marca em diversos canais
- Além dos portais de emprego, use redes sociais, blogs, podcasts, feiras de recrutamento, eventos e programas de indicação.
Dicas para se destacar
- Invista em diversidade e inclusão: Talentos estão cada vez mais atentos a ambientes plurais e respeitosos.
- Seja transparente: Não prometa o que você não é. Contratar pessoas com falsas expectativas gera frustração e turnover.
- Busque reconhecimento externo: Certificações como GPTW (Great Place to Work) validam sua marca empregadora no mercado.
- Promova experiências memoráveis no recrutamento: O candidato não aprovado hoje pode ser o candidato certo amanhã.
Conclusão
A construção de uma marca empregadora forte não é mais um diferencial. É uma necessidade competitiva do mercado
Empresas que atraem os melhores profissionais não são aquelas que oferecem apenas bons salários mas aquelas que oferecem sentido, desenvolvimento, respeito e pertencimento.
Se sua empresa quer ser desejada pelos talentos, comece agora. Porque no jogo do futuro do trabalho, quem não investe em employer branding, perde.
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