Junho é muito mais do que um mês colorido. É um período de reflexão, conscientização e posicionamento social. Para empresas que querem ser protagonistas de uma cultura mais inclusiva, o Mês do Orgulho LGBTQIA+ é uma oportunidade de agir com propósito.
Neste conteúdo, você vai entender como sua empresa pode ir além das ações pontuais e construir um legado de diversidade e respeito, começando pela comunicação interna.
Por que o Mês do Orgulho LGBTQIA+ importa dentro das empresas?
Celebrado globalmente em junho, o Mês do Orgulho LGBTQIA+ marca a luta histórica por direitos, respeito e igualdade de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexo, assexuais e outras identidades.
No ambiente corporativo, esse mês pode ser o início de um movimento transformador.
Empresas que se posicionam crescem mais
Diversos estudos apontam que empresas com ambientes inclusivos têm maior engajamento, inovação e retenção de talentos. Segundo pesquisa realizada em 2023, empresas com maior diversidade de gênero e orientação sexual são até 36% mais propensas a superar seus concorrentes em lucratividade.
Além disso, colaboradores querem se sentir representados. Quando a empresa reconhece e acolhe diferentes identidades, promove segurança psicológica e fortalece o vínculo com o time.
O papel estratégico da comunicação interna no mês do orgulho
A comunicação interna é a principal ferramenta para tornar visível a cultura da empresa. Durante o Mês do Orgulho LGBTQIA+, ela assume um papel ainda mais relevante: amplificar vozes, educar e inspirar mudanças reais.
Não é sobre criar campanhas. É sobre criar sentido.
Muitas empresas cometem o erro de “pintar o logo com arco-íris” sem ações consistentes. A comunidade LGBTQIA+ e os colaboradores no geral percebem quando a campanha é vazia.
Por isso, o endomarketing precisa ir além do estético: ele deve gerar pertencimento, conectar com os valores da empresa e criar conversas honestas sobre diversidade, equidade e inclusão.
7 estratégias para transformar o mês do orgulho em ação concreta
1. Diagnóstico de clima e escuta ativa
Antes de planejar ações, escute os colaboradores. Enquetes anônimas, caixinhas de perguntas ou formulários com perguntas abertas ajudam a entender como a diversidade é percebida internamente. Essa escuta é o ponto de partida para ações relevantes.
2. Códigos de conduta e linguagem inclusiva
Durante o mês do orgulho, revise e reforce os manuais de conduta e políticas de diversidade. Promova formações sobre linguagem neutra, pronomes e termos respeitosos para se comunicar com todas as identidades de forma segura.
3. Calendário editorial com conteúdo educativo
Use o mês para levar conhecimento ao time. Crie uma agenda com:
- Microvídeos explicativos na intranet sobre termos da sigla LGBTQIA+;
- Histórias reais de colaboradores da comunidade;
- Indicação de filmes, séries, livros e documentários com protagonismo LGBTQIA+.
4. Alianças internas e grupos de afinidade
Aproveite o mês para estimular ou criar grupos de afinidade LGBTQIA+ dentro da organização. Esses grupos funcionam como rede de apoio, espaço de troca e co-criação de políticas internas.
5. Parcerias com ONGs e coletivos
Conectar sua empresa com organizações da sociedade civil amplia o impacto e traz autoridade ao discurso. Parcerias podem envolver:
- Palestras com ativistas e lideranças da causa;
- Campanhas de arrecadação para ONGs LGBTQIA+;
- Mentorias com profissionais trans ou não bináries.
6. Cocriação de ações com o time
Convide os próprios colaboradores para sugerirem ideias, temáticas e formatos de ação. Quando a campanha é feita com o time, o engajamento cresce e o senso de pertencimento também.
7. Reconhecimento e visibilidade interna
Use os canais internos para reconhecer iniciativas de inclusão e destacar talentos LGBTQIA+. Mostrar essas histórias inspira toda a equipe e normaliza a diversidade no ambiente corporativo.
O que evitar: erros comuns nas ações do mês do orgulho
- Rainbow washing: usar símbolos LGBTQIA+ sem ações concretas ou alinhamento com a cultura da empresa.
- Palestras obrigatórias: ações educativas precisam ser feitas com empatia e não imposição.
- Foco exclusivo no dia 28: diversidade é um valor contínuo, e não pontual.
Quando feito com verdade, o Mês do Orgulho LGBTQIA+ deixa de ser uma campanha e se torna um marco na transformação da cultura corporativa. A diversidade precisa estar presente nas conversas, nas práticas e nas decisões, todos os dias.
Mais do que ações pontuais, o importante é construir políticas, rituais e canais de escuta contínuos. O mês de junho pode ser o ponto de partida, mas o compromisso com a inclusão precisa fazer parte da rotina da empresa o ano todo.
Quer fortalecer a sua comunicação interna? No nosso blog, você encontra outros conteúdos e materiais gratuitos que ajudam a transformar o discurso de diversidade em prática com ações consistentes, linguagem acessível e alinhadas à cultura da sua empresa.